28 de fevereiro de 2013

LIVROS - NOVIDADES



Morte com Vista para o Mar
Pedro Garcia Rosado — Editora Topseller
Fevereiro 2013

Sinopse
Nas traseiras de uma moradia isolada nas Caldas da Rainha, um professor de Direito reformado aparece morto à machadada na casa onde vivia sozinho. Patrícia, inspectora-coordenadora da PJ, pede ajuda ao seu ex-marido Gabriel Ponte, antigo inspector da Polícia Judiciária, que assim regressa ao mundo da investigação criminal.
Meses antes, o professor tinha contactado Patrícia, sua antiga aluna e amante, para denunciar a existência de um esquema de corrupção e de lavagem de dinheiro em torno do projecto de um empreendimento turístico gigantesco nas falésias da costa atlântica.
As primeiras provas apontam para que este homicídio seja resultado de um affair com uma mulher casada, mas poderá o professor ter sido assassinado por saber demais?

EFEMÉRIDES - FEVEREIRO (2)

Sete de Espadas (1921-2008)


Para os policiaristas Sete de Espadas dispensa apresentação e o seu nascimento a 1 de Fevereiro impõe a sua presença nas efemérides do mês. Desta vez pelo testemunho de um outro policiarista, Cloriano Monteiro de Carvalho, a quem agradeço ter posto à disposição do Policiário de Bolso o registo do seu diário pessoal.
Memórias com quase 60 anos…


O DIA EM QUE EU CONHECI O “SETE DE ESPADAS” PÁGINAS DO MEU DIÁRIO

Dia 20 de MAIO de 1954:
Hoje vim a conhecer o “Sete de Espadas”, um dos maiores “carolas” da literatura policial e orientador da secção policial do “GUIÃO”.
Conheci-o por mero acaso. Como quero continuar a ser assinante do “Guião”, fui ao Palácio da Independência renovar a assinatura. Dirige-me à primeira pessoa que vi e disse-lhe ao que ia. Perguntou-me o nome e quando o disse perguntou admirado: “Você é que é o Cloriano M. de Carvalho?”.
Adivinhei logo que era o “Sete”, o eterno “Sete” do policiário.
Conversámos um bom bocado a respeito de diversos assuntos até quando apareceu o Luís Filipe Costa, que apresentei.
Ficou combinado aparecer por lá mais vezes.
Dia 21 de MAIO de 1954:
A primeira impressão a respeito do “Sete” foi boa pois aparenta ser uma daquelas pessoas metódicas, sempre abstractas, pensando só numa coisa para a qual dá todo o seu esforço e empenho.
Um dos temas da conversa que ontem tive com o “Sete” foi o concurso do “Guião” que terminou há algum tempo e no qual vinha classificado em primeiro lugar (juntamente com outros concorrentes, claro), até ao 40 problema.
Disse-me que já tinha a classificação final e que eu fui o seu justo vencedor (sic), pois em 6 problemas tive 5 “menções honrosas” e a pontuação máxima noutro problema.
Disse-me também que eu tinha sido o melhor concorrente e que ganhei a prova com muito mérito. Acrescentou que tinha pena dos prémios serem um pouco pobres (30 escudos em livros, à escolha) e aconselhou-me que concorresse à secção que dirige na colecção “XIS”, cujo primeiro prémio é de 500 escudos e teria aí mais possibilidades de mostrar o meu valor.
Estou satisfeitíssimo por ter vencido o concurso e vou começar a concorrer a tudo o que apareça no género policial.

Cloriano Monteiro de Carvalho

EFEMÉRIDES - FEVEREIRO (1)

PATRICIA HIGHSMITH POR FRANCISCO PORTEIRO

Patricia Highsmith (1921 – 4 de Fevereiro de 1995)

Patricia Plangman nasceu em Fort Worth, Texas, EUA, a 19 de Janeiro de 1921. A sua infância, atribulada fruto de ser filha de Jay Bernard Plangman e Mary Coates, dois artistas, que se separaram cedo, sofreu inevitavelmente com essa separação. A adolescência foi passada no Julia Richman High School, em Nova Iorque, donde transitaria para o Barnard College na mesma cidade.
Assumiria o nome do seu padrasto tornando-se definitivamente Patricia Highsmith, embora tenha escrito um único romance sob o pseudónimo de Claire Morgan.
Em 1963, já no auge da carreira, muda-se para a Europa, atraída pela sensação “de um passado histórico muito denso” como afirmou em tempos.
Salzburgo, na Áustria, é a sua primeira morada, “por causa de Mozart”, como também afirmou. Positano e Veneza foram os locais posteriormente escolhidos por Patricia, mas seria em Earl Soham, em Suffolk, Inglaterra, que ela passaria dez anos da sua vida. Para trás ficava “Spider” a sua companhia de longos anos, interditada de entrar em Inglaterra pelas autoridades sanitárias. Dai a sua dedicatória em a “Cela de Vidro”, datado de 1964.
Fontainebleau, junto ao Sena, será a sua próxima morada, já no início dos anos setenta. Entrando no ciclo do decénio, muda-se novamente para Locarno, na Suíça, onde viria a morrer no respectivo Carita Hospital das Cáritas em 1995.
Tímida e reservada, “se tenho de falar de mim, ao fim de duas horas vejo-me em apuros…” sempre preservou a sua intimidade solitária, tinha nos seus jardins o refúgio que tanto apreciava. '
“A loucura da normalidade”, foi sempre um dos Ieit-motivs dos seus romances, que ela própria não considerava policiais: “a morte não me interessa, é o desenvolvimento da culpa que me fascina”.
A sua carreira literária inicia-se com “Strangers on. a Train” em 1950. Ligado por contrato à Warner Brothers, Alfred Hitchcock devora o romance, então duma nova e desconhecida autora. Associado a Raymond Chandler, pela indisponibilidade do seu argumentista preferido, Ben Iletch, rapidamente surgiram cisões entre duas fortíssimas personalidades, tendo Czenzi Ormonde, colaborador próximo de Hetch, ficado com a tarefa de construir o argumento. Com a participação da filha de Hitchcock, curiosamente também ela Patricia, num misterioso e brilhante papel, o filme estreou em 1951, tornando-se, contra todas as expectativas, num êxito colossal. A carreira de Patricia Highsmith estava lançada com este êxito fulgurante. Segue-se “The Blunderer”, logo adaptado cinematograficamente, para em 1955 surgir “The Talented Mr. Ripley”, e com ele o misterioso psicopata Thomas Ripley. Em apenas cinco anos, Patricia Highsmith atingia a notoriedade e o sucesso, abrindo novos horizontes ao romance policial. Numa fase em que o romance clássico prosseguia o seu rumo com Christie ou Stout já há muito no auge da fama; quando pontificavam com sucesso neo-clássicos como Ellery Queen; enquanto que o romance negro, com alguns poucos autores como Jim Thompson, se abastardava com o pleno da guerra fria e dos seus filhos dilectos como Spillane; Patricia Highsmith, em apenas três romances e cinco anos, dava consistência ao chamado “romance policial psicológico”, que teve em James Cain (sobretudo com “The Postman Always Rings Twice”) e Horace McCoy (com “They .Shoot Horses Don't They”) em meados aos anos 30, e no decorrer dos anos 40 autoras como Charlotte Armstrong, Vera Caspary ou Margaret- Millar, o seu embrião. Nada de detectives clássicos, onde a dedução e o jogo lúdico, cúmplice com o leitor tomavam a primazia; nada de “privit eyes”, paladinos da justiça, contra uma sociedade corrupta e cancerosa; nada de detectives privados onde o “Blood, sex  & violence” era o lema; apenas pessoas, sob cuja capa de aparente normalidade se escondiam os dramas mais angustiantes e os crimes mais violentos. Afinal de contas, a violência existe nas ruas ou no interior de todos nós?
Desta perspectiva do romance policial sairá o romance de suspense tão sublimemente representado nos grandes ecrãs com as obras-primas de Hitchcock. Á manutenção da atenção do leitor não através do que sucede, mas através do que pode vir a suceder, tem não só em Patricia, mas em nomes como William Irish, Fredric Brown, ou Bill Ballinger, entre outros, a sua expressão máxima.
Em 1977, Patricia publica talvez a sua obra-prima: “Edith's Diary”. A história de 20 anos duma mulher enlouquecendo à medida que vai construindo o seu mundo de fantasia alternativo. Por forma a combater a monotonia da sua vida terrena, Edith constrói um mundo irreal no seu diário, o seu ideal de vida. Conjuntamente com “People Who Knock on the Door” (1983), e “Found in the Street” (1987), Patricia Highsmith eleva o suspense a novos níveis, misturando os ingredientes clássicos do género com análise política e social.
Traduzida em mais de vinte línguas, ela foi sobretudo relevada pelos europeus, que lhe conferiram a dimensão e viram nela a inovação de que o romance policial na altura necessitava. Não é por acaso que o primeiro grande prémio que recebe é o “Gran Prix de Littérature Policière” em 1957, seguindo-se-lhe o “Silver Dagger” atribuído em 1964 pela britânica Crime Writters Association, não sendo também ocasional, que tenham sido grandes realizadores europeus a adaptá-la cinematograficamente (Alfred Hitchcock é, ele mesmo, britânico e estava há pouco nos EUA quando leu “Strangers on a Train”). Não é, também, por acaso, a “atracção” que Patricia sentiu pela Europa, quando já tinha conquistado a fama além-mar. Nem é também por acaso que um dos seus últimos livros publicados, exactamente o último Ripley, “Ripley Under Water” (1991) é dedicado aos “mortos e moribundos da Intifada e dos Curdos, aos que lutam contra a opressão seja em que terra for e se levantam não somente para serem contados, mas também para serem abatidos a tiro”.
Thomas Ripley será um paradigma desta realidade?


THOMAS RIPLEY: PERSONAGEM DE PATRICIA HIGHSMITH

Thomas Ripley é um dos heróis mais estranhos da Literatura Policial, mais ainda que Raffles, o “gentleman-cabrioleur”. Jovem americano, sem nada que aparentemente o faça sobressair dos demais, é um ser humano permanentemente angustiado e inquieto, com uma vida extraordinariamente excêntrica, capaz de levar a cabo as maiores monstruosidades sem que nada de mais transpareça.
A mais bizarra das suas aventuras talvez seja a primeiro. “The Talented Mr. Ripley” (1955) é, sem dúvida, uma das obras-primas do policial. Contratado para se deslocar à Europa em busca dum filho dum casal riquíssimo de Boston. No final, não só o matara, como forjara um testamento a seu favor, que lhe garantiria independência financeira para o resto da vida, sem grandes pruridos de consciência.
Em “Ripley Under Ground (1970), a sua segunda aventura, Tom torna-se um dos sócios encapotados da The Buckminster Gallery em Londres, especializada em falsificações de Derwatt, um pintor surrealista. Entretanto, ajudava um seu amigo em algumas negociatas obscuras na Alemanha, enquanto gozava a vida de casado com Heloise, num bairro burguês suburbano de Paris. Apesar de continuar a violar a lei, a sua vida continua a prosperar na vila de Belle Ombre, prosseguindo nos seus crimes a quem ameaça a sua segura e confortável existência. A partir deste romance, a sua existência como homem casado, e os seus regressos a Belle Ombre depois das divagações pela Europa e América, diluíram um pouco a tensão existente no primeiro romance, por tornarem quase óbvio que Ripley não mais seria apanhado pela lei, apesar de sobre ele pender uma nuvem de suspeita, constantemente vigiado pela polícia, e apesar do número de desaparecimentos misteriosos aumentar sempre que Ripley se encontrava por perto.
Seguiram-se-lhe três aventuras que não são mais que a natural continuação de um êxito do passado, com os pecadilhos que foram apontados anteriormente. Ripley’s Game” (1974), “The Boy Who Follwed Ripley” (1980) e o “Ripley Under Water” (1991).
O que torna, apesar do já apontado, fascinante nos romances com Tom Ripley, é a sua atitude para com a morte e o crime. Sofre momentâneos rebates de consciência, mas sempre percorre os trilhos de sangue que deixa para trás com evidente facilidade. E aqueles que à volta dele têm conhecimento dos seus actos, parecem pouco preocupados com esse conhecimento. É como se o mundo criado por Highsmith para os seus personagens estivesse isento de culpa.

27 de fevereiro de 2013

BIBLIOTECA FICÇÃO CIENTÍFICA

BIBLIOTECA ESSENCIAL DE FICÇÃO CIENTÍFICA E FANTASIA (82)


Volume 82 — Captive Universe (1969) de Harry Harrison
(é o 2º livro do escritor incluído na Biblioteca, para ver informações sobre o autor e sobre o 1º volume Clicar Aqui


Captive Universe, um mundo artificial caminha no espaço infinito...
… concebido, construído e tornado operacional pelo Grande Inventor, como monumento a si próprio, transformado num deus orgulhoso que levará para as estrelas, em seu nome, a vida humana. Num vale artificial, mas perfeitíssimo como tudo o resto, céu, montanhas, rio, vivem os descendentes dos astecas., a raça escxolhida, cultivadores da terra, apertados entre a religião feroz e o Robot com duas cabeças de serpente que vigia a entrada da montanha onde vivem os Vigilantes — criados geneticamente e filhos do génio — os guardiões da sabedoria do Grande Inventor.
Chimal, um jovem inteligente e curioso, consegue penetrar nas cavernas da montanha… a partir daí tudo se modifica…



Ficha Técnica
Universo Cativo
Autor: Harry Harrison
Tradução: Daniel Gonçalves
Ano da Edição: 1985
Editora: Caminho
Colecção: Caminho de Bolso — Ficção Científica Nº 11
Páginas: 192


24 de fevereiro de 2013

7 - COLECÇÃO VAMPIRO

O ASSASSINATO DE ROGER ACKROYD
(Outubro 1947)

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Autor: Agatha Christie (1890 – 1976)
Tradução: Heitor Berutti
Capa: Cândido Costa Pinto
Título Original: The Murder of Roger Ackroyd
Data 1ª Edição: Junho 1926
Género: Crime, Mistério, Detective
Formato: Romance
Local: King’s Abbot, Inglaterra (Local Ficcionado)
Método: Esfaqueamento
Personagens Principais: Hercule Poirot, Inspector Raglan


TEXTO DA CONTRACAPA DO Nº6 — “O PRÓXIMO VOLUME”
Com este novo romance a “Colecção Vampiro” oferece aos seus leitores, talvez a melhor de todas as obras da famosa AGATHA CHRISTIE e uma das mais extraordinárias da literatura policial de todos os tempos. Hercule Poirot, o detective que adora a poesia da natureza e raciocina com um sorriso nos lábios, em O Assassinato de Roger Ackroyd tem o seu mais maravilhoso trabalho de dedução, arrastando o leitor às mais variadas hipóteses de raciocínio e reservando-lhe para o final uma autêntica surpresa Muitos críticos consideram este livro como um padrão do género policial. E depois de o ter escrito AGATHA CHRISTIE viu o seu nome aureolado pela fama de ser considerada a maior revelação do romance policial inglês.


Para saber mais sobre O ASSASSINATO DE ROGER ACKROYD Hercule Poirot retira-se para pacífica aldeia de King’s Abbot e dedica-se a cultivar abóboras. No entanto um quotidiano que se previa tranquilo é interrompido. Poirot é contactado para investigar o assassinato de Roger Ackroyd, um proprietário classificado como “a alma, a vida do pacífico povoado”. Encontrado apunhalado no seu escritório, Roger Ackroyd livra Poirot de uma reforma insípida e das abóboras que já o começavam a enervar.
Nos cadernos privados de Agatha Christie não foram encontradas notas sobre a construção deste romance, que é considerado uma obra-prima do policiário. A publicação de O ASSASSINATO DE ROGER ACKROYD pouco antes do estranho desaparecimento e posterior divórcio da autora são as razões apontadas para essa falha. É possível saber apenas que é James Watt, cunhado de Agatha Christie, quem lhe sugere uma ideia base e um desfecho original para o romance, e mais tarde, Lord Mountbatten numa carta a autora expõe uma ideia semelhante, o que desencadeia a escrita deste livro.
O grande sucesso de O ASSASSINATO DE ROGER ACKROYD marcou definitivamente a carreira literária de Agatha Christie.
Neste romance, como sucede em outras obras de Christie, o narrador é um homem — Dr. Sheppard, o médico local. Outra personagem, Caroline, a irmã do médico, por causa das suas características e comportamento, tem sido considerada como a antecessora de Miss Marple. A autora inclui ainda neste romance a utilização de um dispositivo — um meio mecânico — para conseguir um determinado resultado, o que é considerado uma raridade nos seus livros.
O ASSASSINATO DE ROGER ACKROYD é um clássico da literatura policiária também por a autora ter ousado quebrar as regras até então adoptadas neste tipo de narrativa, o que originou grande controvérsia quando foi publicado.


SOBRE A CAPA
Esta é uma das capas emblemáticas de Cândido Costa Pinto. A figura central é um homem com um traje conservador, mas no lugar da cabeça é possível ver a mão que segura agressivamente um punhal — a arma do crime. Desconcertante?
O homem desloca-se sobre um relógio, imagem habitual no surrealismo e referência indispensável quando cronologia dos acontecimentos é importante. Indicará o relógio a hora do crime?
Outros detalhes da capa, a fotografia, as árvores, os cifrões, par de sapatos, e o sobrescrito, que o homem transporta debaixo do braço, onde se vislumbra o conteúdo, remetem para elementos marcantes do enredo. Fica, desta forma, aguçada a curiosidade?




Fontes:
Site oficial da autora http://www.agathachristie.com/
Os Cadernos Secretos de Agatha Christie (2010), John Currain, Edições Asa

22 de fevereiro de 2013

BIBLIOTECA FICÇÃO CIENTÍFICA

BIBLIOTECA ESSENCIAL DE FICÇÃO CIENTÍFICA E FANTASIA (81)


Volume 81 — The Left Hand of Darkness (1969) de Ursula K. Le Guin

Ursula Kroeber Le Guin nasceu na Califórnia em 1929. Escritora de Ficção Científica e fantasia, iniciou-se na literatura em 1962 com April In Paris. Relevam no domínio da Ficção Científica: Planet of Exile (1966), City of Illusions (1966), The Left Hand of Darkness (1969) The Dispossessed: An Ambiguous Utopia (1974) – vencedor do Nebula de 1974 e do Hugo and Locus Awards em 1975; The Word for World is Forest, (1976) vencedor do Hugo em 1976 e The Telling (2001), premiado com o Locus 2001.
A autora foi distinguida com vários prémios, com destaque para  5 prémios Hugo, 2 World Fantasy, 6 Nebula, 21 Locus, em diferentes categorias.


The Left Hand of Darkness é considerada uma das obras-primas da Ficção Científica, ganha o prémio Hugo, em 1969 e o Nebula, em 1970.
… um terrestre é enviado a um planeta da Confederação para estudar e combater a apatia geral dos seus habitantes submetidos permanentemente aos rigores do Inverno. Esses habitantes são sexualmente inactivos, ainda que no período “kemmer” tenham capacidade para se transformarem em macho ou fêmea, pois potencialmente possuem os dois sexos.
… o observador é incapaz de compreender o que sucede, porém, ele próprio se enamora de um dos habitantes e segue-o pelo interior do planeta, uma Antártida sem fim, permitindo revelar alguns dos momentos mais reflectivos e especulativos de toda a Ficção Científica.


 
Ficha Técnica
A Mão Esquerda das Trevas
Autor: Ursula K. Le Guin
Tradução: Fátima Andrade
Ano da Edição: 2003
Editora: Presença
Colecção: Viajantes no Tempo Nº4
Páginas: 255

21 de fevereiro de 2013

LIVROS - NOVIDADES


LANÇAMENTO DIA 25

O Leitor de Cadáveres


O Leitor de Cadáveres
Antonio Garrido — Porto Editora


Apresentação (Editora) 
Cí Song, O Leitor de Cadáveres
Novo livro de Antonio Garrido apresenta-nos o primeiro médico-legista da História.
Antonio Garrido tornou-se um sucesso em Espanha e Portugal com o seu livro de estreia A Escriba, publicado pela Porto Editora em 2009.
No dia 25 de fevereiro, os leitores portugueses ficarão a conhecer o seu novo thriller histórico, O Leitor de Cadáveres, inspirado numa personagem real, Cí Song, o primeiro médico-legista da História.
O Leitor de Cadáveres é uma leitura absorvente que, com um ritmo trepidante, nos oferece aventura e suspense a partir de uma história passada na fascinante China medieval. Este livro foi galardoado com o Prémio Internacional de Romance Histórico “Ciudad de Zaragoza”.


Sinopse (Editora)
Na antiga China, só os juízes mais sagazes atingiam o cobiçado título de “leitores de cadáveres”, uma elite de legistas encarregados de punir todos os crimes, por mais irresolúveis que parecessem. Cí Song foi o primeiro.
Inspirado numa personagem real, O Leitor de Cadáveres conta a história fascinante de um jovem de origem humilde que, com paixão e determinação, passa de coveiro nos Campos da Morte de Lin’an a discípulo da prestigiada Academia Ming. Aí, invejado pelos seus métodos pioneiros e perseguido pela justiça, desperta a curiosidade do próprio imperador, que o convoca para investigar os crimes atrozes que ameaçam aniquilar a corte imperial.
Um thriller histórico absorvente, minuciosamente documentado, onde a ambição e o ódio andam de mãos dadas com o amor e a morte, na exótica e faustosa China medieval.


Crítica
“É de louvar a ousadia do autor por se ter atrevido a recrear um mundo tão exótico e longínquo como a China do século XII, e conseguir fazê-lo de forma tão magistral.” Agustín Sánchez Vidal
O Leitor de Cadáveres é um romance prodigioso, que irá certamente destacar-se no panorama literário atual.” El Correo Galego
Um romance ágil, que prende o leitor desde a primeira página.” Júri do Prémio Internacional de Romance Histórico “Ciudad de Zaragoza”

20 de fevereiro de 2013

LIVROS - NOVIDADES


LANÇAMENTO DIA 22 



O Devorador
Lorenza Ghinelli — Editora Objectiva
22 Fevereiro 2013


Sinopse
Várias crianças desapareceram nas mais macabras circunstâncias, sem que a polícia encontre qualquer explicação. Pietro, de 14 anos, é autista. Vê o mundo de forma diferente e vive numa prisão de silêncio, incapaz de comunicar. É, porém, o único que sabe que algo de terrivelmente brutal está a acontecer no seu bairro. Depois de ser atacado por um grupo de três rapazes, começa a fazer estranhos desenhos de um velho vestido de negro, o Homem dos Sonhos. Ninguém lhes dá grande valor senão Alice, a sua psicoterapeuta, que suspeita que o velho pode estar associado aos desaparecimentos.
Os desenhos de Pietro trazem a Alice recordações de infância, ocultas na memória durante muitos anos: Denny, seu colega de escola, tinha sete anos e um pai alcoólico. Sofria maus tratos constantes em casa e nas aulas e procurava refúgio da realidade na sua poderosa imaginação. O que acontece quando a imaginação de uma criança é tão forte e desesperada que se torna capaz de criar um monstro, um monstro real, que se alimenta do ódio e do ressentimento, um devorador de almas sem meio de se saciar? Agora que Pietro desenhou o Homem dos Sonhos, será ele a próxima vítima?
“O Devorador” é uma história feita de sonhos e de medos, onde a fantasia e a realidade se confundem para criar um mistério inquietante.

19 de fevereiro de 2013

LÍNGUA PORTUGUESA E POLICIÁRIO



Ontem, o programa Cuidado com a Língua! transmitido pela RTP1  teve pistas, enigmas e detectives.



18 de fevereiro de 2013

BIBLIOTECA FICÇÃO CIENTÍFICA

BIBLIOTECA ESSENCIAL DE FICÇÃO CIENTÍFICA E FANTASIA (80)


Volume 80 — Pavane (1968) de Keith Roberts
(é o 2º livro do escritor incluído na Biblioteca, para ver informações sobre o autor e sobre o 1º volume Clicar Aqui )


Pavane é um conjunto de cinco relatos independentes mas interligados por um personagem comum e um prólogo que situa a história num mundo alternativo. Esplêndida “ucronia” — alternativa da história — na qual Isabel de Inglaterra é assassinada em 1588, a Invencível Armada conseguiu os objectivos que a determinaram. Quatro Séculos mais tarde o mundo ocidental está votado ao obscurantismo, reina Roma e a Inquisição…

Ficha Técnica*
Pavana
Autor: Keith Roberts
Tradução: Trindade Santos
Ano da Edição: 2008
Editora: Saída de Emergência
Colecção: Bang!
Páginas: 206

* Edição mais recente

Nota: Este livro foi editado em 1991, pela editora Clássica, Nº5 da Colecção Limites.

16 de fevereiro de 2013

BIBLIOTECA FICÇÃO CIENTÍFICA

BIBLIOTECA ESSENCIAL DE FICÇÃO CIENTÍFICA E FANTASIA (79)


Volume 79 — Do Androids Dream Electric Sheep? (1968) de Philip K. Dick
(é o 4º livro do escritor incluído na Biblioteca, para informações sobre o autor e Biblioteca, para informações sobre o autor e 1º livro Clicar AQUI para o 2 e 3º volumes Clicar Aqui)


Do Androids Dream Electric Sheep? Estamos numa Terra em que os animais se extinguiram quase completamente após uma catástrofe atómica. Possuir um animal autêntico, não um mero simulacro electrónico, é um luxo e uma riqueza. Por isso Dick Deckard, que ambiciona possuir um animal de verdade se dedica infatigavelmente ao extermínio de androides, androides que chegam
á Terra procedentes das colónias de outros planetas e são fortes competidores para a escassa mão de obra do nosso planeta.
A história é o dia a dia desse caçador de androides, das suas ilusões, êxitos, esperanças, fracassos, dúvidas e remorsos, num mundo em que a única motivação será porventura a obsessão por uma raridade — animais.


Ficha Técnica
Blade Runner — Perigo Eminente
Autor: Philip K. Dick
Tradução: Raquel Martins
Ano da Edição: 1982
Editora: Publicações Europa-América
Colecção: Livros de Bolso, Ficção Científica Nº43
Páginas: 177

15 de fevereiro de 2013

6 - COLECÇÃO VAMPIRO

OS CRIMES DO BISPO
(Setembro 1947)

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Autor: S. S. Van Dine
Tradução: Peri Pinto Diniz
Capa: Cândido Costa Pinto
Título Original: The Bishop Murder Case
Data 1ª Edição: 1928
Género: Crime, Mistério
Formato: Romance
Local: New York
Métodos: Diversos
Personagem Principal: Philo Vance



TEXTO DA CONTRACAPA DO Nº5 — “O PRÓXIMO VOLUME”
Alguém disse já, certa vez, que S. S. VAN DINE está para a literatura policial, assim como Aldous Huxley está para o romance psicológico. Ambos são renovadores — ambos vieram alargar os horizontes do conceito de literatura, dentro dos respectivos géneros.
E para exemplificarmos o caso de S. S. VAN DINE, basta lembrar que quase todas as suas obras são consideradas, pelas críticas de todo o mundo, como obras clássicas na literatura de emoção. Dentre elas escolhemos para apresentar, pela primeira vez aos leitores portugueses, o nome prestigioso de S. S. VAN DINE, Os Crimes do Bispo, talvez o seu romance mais apaixonante e complexo.
Em Os Crimes do Bispo, Philo Vance, o detective criado por S. S. VAN DINE — e que é uma das figuras mais vivas, mais humanas da literatura dos nossos dias — analisa metodicamente uma série de crimes extraordinários, preparados por um cérebro diabolicamente perfeito. Não há uma-única falha de lógica, no raciocínio de Philo Vance. E o mais curioso, é que através dele, nós podemos perceber a personalidade do próprio autor. Sim, S. S. VAN DINE — vai decerto conquistar os leitores portugueses, como já conquistou os leitores de muitos outros países do Mundo. E é sinceramente que nós podemos recomendar a todos que gostem de romances policiais em que o desfecho é absolutamente imprevisto e lógico — a leitura de OS CRIMES DO BISPO


Para saber mais sobre OS CRIMES DO BISPO
É o 4º mistério — de um conjunto de 12 — de Philo Vance.
A crítica apresenta este romance como uma narrativa escrita num estilo simples e directo, sem artifícios, mas brilhante e extremamente organizado, captando desta forma toda a atenção do leitor para este caso, onde Van Dine aparece como narrador.
OS CRIMES DO BISPO está recheado de vítimas mortais. O assassino segue um padrão que se baseia em conhecidas rimas infantis ou lengalengas — é mesmo considerado como o primeiro romance policiário em que utiliza este modelo como elemento central da trama.
Uma mente perversa, que não só leva a cabo uma série de crimes, como lança provocações com cartas enviadas aos jornais. As notas, assinadas como “Bispo” reproduzem as lengalengas do livro infantil Mother Goose, que de alguma forma se podem relacionar com os homicídios cometidos.
A título de exemplo, e sem desvendar demasiado sobre o livro…

Who killed Cock Robin?
I, said the Sparrow,
with my bow and arrow,
I killed Cock Robin.

Quem matou Cock Robin
Eu, disse o Pardal,
Com o meu arco e a minha flecha,
Eu matei Cock Robin.

Ora primeira vítima, Robin, conhecido por Cock Robin entre os amigos, aparece assassinada com uma seta cravada no peito. E como se isso não bastasse, um dos seus amigos “e simultaneamente rival no amor pela encantadora Belle Dillard” é Sperling, qua em alemão significa pardal.

Estas deliberadas coincidências multiplicam-se ao longo da narrativa, que abrange um curto período de tempo (de 2 a 26 de Abril), mas que está recheada de crimes, suspeitos e de detalhes inesperados, como peças de xadrez e peças, das outras… as de teatro, neste caso de Ibsen.
O mistério deste livro assenta na descoberta do Bispo, “personagem lendário e real” que ousa “desafiar o poder da polícia e a argúcia de Philo Vance.



SOBRE A CAPA
Construída sobre a condensação do livro, disponibilizada pela editora, mostra: as várias notas enviadas pelo “Bispo” à Policia; o sábio corcunda, um dos principais suspeitos; e uma pequena figura central, possivelmente a criança desaparecida, a pequena Moffat.

Efemérides e artigo sobre Philo Vance